O Vulcão
Publicado em: 7 de abril de 2023 Por: Rev. Ageu Magalhães
Em uma vila distante um farmacêutico foi acometido por uma grave enfermidade que o deixou de cama, exaurido. sem forças para se levantar. O médico da cidade foi chamado e receitou o único remédio que poderia reanimar o doente. O farmacêutico pediu para seus familiares irem até a farmácia pegar o remédio, mas, ao chegarem lá, não o encontraram. Reviraram a farmácia e nada do remédio.
Como o farmacêutico era estimado e necessário à vila, o prefeito fez um apelo à população para, quem possuísse um pouco daquele remédio, trouxesse à família, para que o paciente pudesse ser salvo. Alguns do povo tinham o remédio, mas não quiseram doar, para não ficarem sem. Outros, infelizmente, não o tinham.
Os dias foram se passando e, sem remédio, a situação do farmacêutico tornou-se cada vez pior, até que, inevitavelmente, morreu.
A tristeza na cidade foi grande. Os familiares retiraram o corpo do farmacêutico do quarto e o conduziram ao cemitério, para o sepultamento.
Nos dias que se seguiram, após a morte do farmacêutico, os filhos dele começaram a arrumar o quarto. Separaram roupas em bom estado para doação e colocaram em outras caixas as roupas mais velhas, para se desfazerem delas. Aos poucos, tudo o que havia no quarto começou a ser retirado.
Embaixo da cama, havia muitas caixas que o farmacêutico mesmo colocara ali. Algumas continham livros com fórmulas de medicamentos. Outras, receitas antigas, obtidas dos fregueses da farmácia. Uma caixa mais nova, ainda lacrada, chamou a atenção dos filhos. Não havia rótulos por fora indicando o conteúdo, por isso, os filhos com curiosidade rapidamente a abriram. Qual não foi a surpresa, espanto e tristeza que se apossaram dos filhos ao verem que a caixa estava repleta do remédio que seu pai precisava para ser curado. Ironicamente, ele morreu deitado sobre o remédio que lhe traria a cura…
Assim estão os crentes que, com a vida repleta de problemas e dificuldades, não oram. Estão definhando, mas não percebem que o remédio já lhes foi dado pelo Pai. Assim como aquele farmacêutico, estão morrendo deitados em cima da própria cura….
“… quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?” Lucas 18.8
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