É possível receber membro que discorde do Batismo Infantil?

Publicado em: 21 de julho de 2021 Por: Rev. Ageu Magalhães

Não creio que seja possível receber como membro da Igreja Presbiteriana do Brasil alguém que não concorda com o Batismo Infantil (Pedobatismo) por alguns motivos:

1º O batismo dos filhos dos crentes, consoante a teologia da aliança, é parte da finalidade da Igreja Presbiteriana do Brasil: “A Igreja Presbiteriana do Brasil tem por fim prestar culto a Deus, em espírito e verdade, pregar o Evangelho, batizar os conversos, seus filhos e menores sob sua guarda e ‘ensinar os fiéis a guardar a doutrina e prática das Escrituras do Antigo e Novo Testamentos, na sua pureza e integridade, bem como promover a aplicação dos princípios de fraternidade cristã e o crescimento de seus membros na graça e no conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo’.” (Art. 2º, CI/IPB)

2º De acordo com a Constituição da IPB são funções privativas do Conselho: “velar por que os pais não se descuidem de apresentar seus filhos ao batismo” (Art. 83, alínea “u”)

3º Conforme os Princípios de Liturgia da IPB “Os membros da Igreja Presbiteriana do Brasil devem apresentar seus filhos para o batismo, não devendo negligenciar essa ordenança.” (Art. 11, PL/IPB)

4º O Supremo Concílio, assembleia geral da IPB, já se manifestou especificamente sobre o tema: “SC – 1958 – DOC. CV: “Batismo de Menores – […] membro de Igreja que apresenta filhos ao batismo – o SC resolve: 1) Determinar que os conselhos das igrejas, na ocasião do exame de candidatos, verifiquem cuidadosamente as convicções doutrinárias destes e não recebam caso não aceitem as doutrinas da IPB. 2) Que os membros da Igreja que se recusam a apresentar seus filhos ao batismo sejam devidamente instruídos na doutrina e persuadidos a proceder de acordo com ela. Caso persistam na sua atitude, o Conselho deverá agir de conformidade com o que determina a CI/IPB, em seu Código de Disciplina”.

As leis acima preservam a unidade da igreja local e evitam problemas futuros. Alguns Conselhos não levam este assunto a sério e acabam por permitir que discordantes do Batismo Infantil sejam recebidos na membresia da igreja. Passam-se os anos e os discordantes tornam-se diáconos e presbíteros da Igreja trazendo grandes problemas por não estarem de acordo com a doutrina da IPB.

Compartilhe nas redes!

Newsletter

Inscreva-se para receber novos artigos do Blog.



Subscribe
Notify of
guest
1 Comentário
Newest
Oldest Most Voted
Inline Feedbacks
View all comments
Edla Marinho
Edla Marinho
1 ano atrás

Minha filha foi membro da igreja presbiteriana nas ao se mudar pra outro estado pra estudar e depois ficou trabalhando. Frequentava outra igreja evangélica, igreja do Nazareno. Agora mora na Alemanha, lá não é membro também, mas lê a bíblia com o filho, ora, ensina, lê livros evangélicos pra ele, ensina a orar, ou seja está praticando o certo, embora não seja membro de igreja. Tem dois filhos e vira ao Brasil e tem o desejo de batista os dois meninos . Acontece que o pastor disse que se ela não estiver arrolada como membro, não poderá batizar. Acho que a igreja não está interessada em acolher e abençoar os pequeninos, antes está preocupada com número na igreja. Não se preocupa com a fé dos pais e sim com a frequência na igreja. O que acho uma tristeza. Se os pais declaram que irão levar o filho a conhecer verdadeiramente a Cristo, na hora do batismo e depois não cumprem, vai prestar conta a Deus, mas o filho recebeu a benção do batismo.
Lamentável a burocracia que acontece.

Links Patrocinados:

Artigos Relacionados:


Pode um menor de idade ser disciplinado eclesiasticamente?

Publicado em: 24 de março de 2022 Por: Rev. Ageu Magalhães
Como proceder a divisão de um Presbitério

Publicado em: 2 de março de 2022 Por: Rev. Ageu Magalhães
A Parábola dos Tigres Mal Alimentados

Publicado em: 1 de março de 2022 Por: Rev. Ageu Magalhães
Quanto tempo leva para alguém tornar-se um Pastor

Publicado em: Por: Rev. Ageu Magalhães
O básico do conhecimento para um pastor recém-ordenado

Publicado em: Por: Rev. Ageu Magalhães
Podemos processar irmãos na justiça comum?

Publicado em: Por: Rev. Ageu Magalhães