Doutora em Desenvolvimento Infantil e Relações Humanas
Publicado em: 10 de janeiro de 2012 Por: Rev. Ageu Magalhães
Uma mulher chamada Anne foi renovar a sua carteira de motorista. Pediram-lhe para informar qual era a sua profissão. Ela hesitou, sem saber bem como se classificar.
“O que eu pergunto é se tem um trabalho”, insistiu o funcionário.
“Claro que tenho um trabalho”, exclamou Anne. “Sou mãe.”
“Nós não consideramos ‘mãe’ um trabalho. Vou colocar Dona de casa”, disse o funcionário friamente.
Não voltei a lembrar-me desta história até o dia em que me encontrei em situação idêntica. A pessoa que me atendeu era obviamente uma funcionária de carreira, segura, eficiente, dona de um título sonante.
“Qual é a sua ocupação?” perguntou.
Não sei o que me fez dizer isto; as palavras simplesmente saltaram-me da boca para fora:
“Sou Doutora em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas.” A funcionária fez uma pausa, a caneta de tinta permanente a apontar para o ar, e olhou-me como quem diz que não ouviu bem.
Eu repeti pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas. Então reparei, maravilhada, como ela ia escrevendo, com tinta preta, no questionário oficial. “Posso perguntar”, disse-me ela com novo interesse, “o que faz exatamente?”
Calmamente, sem qualquer traço de agitação na voz, ouvi-me responder:
“Desenvolvo um programa a longo prazo (qualquer mãe faz isso), em laboratório e no campo experimental (normalmente eu teria dito dentro e fora de casa). Sou responsável por uma equipe (minha família), e já recebi quatro projetos (todas meninas). Trabalho em regime de dedicação exclusiva (alguma mulher discorda???), o grau de exigência é a nível de 14 horas por dia (para não dizer 24…).
Houve um crescente tom de respeito na voz da funcionária que acabou de preencher o formulário, se levantou, e pessoalmente me abriu a porta.
Quando cheguei em casa, com o título da minha carreira erguido, fui recebida pela minha equipe – uma com 13 anos, outra com 7 e outra com 3. Do andar de cima, pude ouvir o meu novo experimento (uma bebê de seis meses), testando uma nova tonalidade de voz. Senti-me triunfante!
Maternidade… que carreira gloriosa! Assim, toda avó deveria ser chamada “Doutora-Sênior em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas”, toda bisavó: “Doutora-Executiva-Sênior” e toda tia: “Doutora-Assistente”.
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Muito bom!
Joab Barros
Ola,
Parabéns pelo belo e edificante blog, que Deus continue abençoando grandemente sua vida e a dos seus. Com muita alegria me tornei um de seus seguidores.
Um grande abraço…
Rev. Ageu,
Que texto maravilhoso e engraçado! Fico entristecido por nossas jovens terem perdido de vista a honra que Deus atribui a profissão de mãe, criadora de filhos. Mas, por outro lado, feliz em saber que é possível melhorar este quadro com a pregação do evangelho e o projeto maravilhoso que Deus tem para a mulher e a família.
Gde. Abraço!
Jean
Parabéns! Muito bom texto, conteúdo edificante e relevante. Por não saber-se definir-se muitos aceitam a diminuição do que na realidade são. Honra a quem deve-se honrar. Grande abraço.