Um pastor transexual? O declínio de uma igreja

Publicado em: 4 de maio de 2010 Por: Rev. Ageu Magalhães

Erin Swenson abriu novos caminhos dentro dos grupos da fé cristã protestante predominante em 22 de outubro de 1996, quando o Presbitério da Grande Atlanta, numa votação de 186 para 161, manteve sua ordenação como pastor presbiteriano. Erin fizera transição de masculino para feminino em 1995/96, após 23 anos de ministério ordenado e, com a votação do Presbitério, em 1996 ele se tornou o primeiro ministro de grupo predominante a fazer uma transição de gênero permanecendo no cargo ordenado.

Erin nasceu Eric Karl Swenson em Buffalo, Nova York, em 1947. Ele se mudou para Atlanta, Georgia com sua família em 1957, freqüentando o colégio Sandy Springs, antes de entrar no Instituto de Tecnologia da Georgia em 1965. Conheceu sua esposa em 1967, e entrou Seminário Teológico de Columbia da Presbyterian Church USA (Igreja Presbiteriana dos EUA), em 1970, apenas quatro meses após o nascimento de sua primeira filha. Depois de se graduar com honra pela Columbia em 1973 e terminar um estágio clínico, Erin se tornou ministro de educação na 1ª Igreja Presbiteriana de Dalton, Georgia. Após o parto difícil de sua segunda filha, em 1976, que a deixou com graves deficiências, a família se mudou de volta para Atlanta, onde Erin concluiu uma pós-graduação em Aconselhamento Pastoral enquanto trabalhava como capelão da cínica do Centro Geórgia para Retardamento.

Erin se juntou à equipe de Psiquiatria Clínica e Centro para o Crescimento Pessoal de Atlanta em 1981 como psicoterapeuta clínico pastoral depois de concluir seu mestrado em Aconselhamento Pastoral no Seminário Teológico de Columbia. Em 1984, tornou-se Diretor do Centro de Cuidado Pastoral, um ministério conjunto da Igreja Presbiteriana de Peachtree e da Catedral Episcopal de São Filipe, em Atlanta. Erin foi co-fundador, com Karen Faulk, do Centro de Psicoterapia Brookwood em 1987, onde continuou clinicando até a sua transição de gênero em 1995. Em 1995, Erin foi ganhou o prêmio de Reconhecimento de Serviços ao Estado da Associação para o Casamento e Terapia Familiar da Geórgia por sua contribuição no avanço da legislação de licenciamento profissional da Geórgia. Ele também co-fundou e liderou por dez anos o Curso Pré-nupcial, um ministério da Diocese Episcopal de Atlanta, durante os quais cerca de 1.000 casais foram atendidos em preparação para a vida conjunta.

Ao estudar para seu doutorado, ele foi listado no Quem é Quem das Faculdades e Universidades da América, e completou seu Doutoramento em Serviços Psicológicos na Universidade de Columbia do Pacífico em 1989. A transição de gênero de Erin foi um período de turbulência pessoal para ele. Seu casamento terminou em 1995, na mesma época que o desafio na igreja estava começando. O seu atendimento clínico teve uma queda acentuada por causa da publicidade local de sua transição de gênero, e até ao final de 1996, ele conseguira tudo, mas estava desempregado. Ele começou a reconstrução lenta de seu aconselhamento especializando-se em questões de gênero e identidade de gênero para indivíduos e casais.

Em 1999, Erin foi co-fundador, com Raja Qasim, da Associação Sulina de Educação de Gênero (SAGE), uma agência educacional interreligiosa dedicada à prover educação de gênero para colégios, universidades, grupos médicos e organizações religiosas. Através da SAGE Erin tem apresentado seu programa por todo o país desde 1999, em formato grande ou pequeno, de Massachusetts até São Francisco. Em 1991, foi eleito para o Conselho da More Light Presbyterians, uma organização dedicada à inclusão plena das pessoas LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) na vida e no ministério da Presbyterian Church USA (Igreja Presbiteriana dos EUA).

Erin continua a manter um relacionamento cordial com o sua ex-esposa e suas duas filhas, assim como sua família. Em 2003, Erin se tornou o presidente da Comissão dos Ministérios da Saúde do Presbitério da Grande Atlanta. De acordo com Erin, “Meu ministério é trazer plena compreensão e compaixão, não apenas para as pessoas que são de gênero diferente, mas para todos que vivem em uma cultura onde rígidos papéis de gênero impõem expectativas insalubres e irreais para uma vida abundante.”

(Esta declaração biográfica foi fornecida pelo próprio Erin Swenson)

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L. Demara
L. Demara
13 anos atrás

Não tenho nem o que comentar.

História e Debate
História e Debate
13 anos atrás

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