Formação de Pastores Online?
Publicado em: 11 de novembro de 2022 Por: Rev. Ageu Magalhães
Dizem que homem que é homem não chora. Com sangue de nordestino, então, menos ainda. Confesso que choro muito pouco. Tão pouco que às vezes temo que as pessoas me achem insensível. Ontem, ao assistir o filme “A Paixão de Cristo” aconteceu de novo. No meio do filme percebi que havia gente chorando – e eu lá, com minha noiva, ambos sem derramar uma lágrima. Acho que estou muito insensível, pensei a princípio. Depois, raciocinando um pouco, comecei a descobrir as razões daquela “insensibilidade”.
Creio que não me emocionei porque não vi Jesus. Ele não estava lá. No seu lugar havia um homem que não conheço, tentando interpretar um papel impossível – o de homem-Deus.
O homem que vi na tela era bem diferente do Senhor a quem servimos há tanto tempo. Não tinha a glória de que João falou (Jo 1.14), não tinha a autoridade e a coragem conhecidas por nós (Mt 26.53, Lc 23.28-31, Jo 18.6), pelo contrário, parece que precisava constantemente da ajuda de sua mãe. Não era o Cristo vencedor dos Evangelhos, mas um coitado, do qual as pessoas saem do cinema com pena.
Também não me emocionei porque a história não era a que eu conhecia. Nunca li na Bíblia sobre Satanás tentando a Jesus no Getsêmani, nem sobre Jesus esmagando a cabeça da serpente, de modo literal. Também não vejo nas Escrituras detalhes sobre a sua época na carpintaria, nem o registro de que ele tenha sido o inventor da mesa como a temos hoje.
Na Bíblia, não vejo Cristo na cruz sussurando, mas gritando (Mt 27.46,50, Mc 15.34,37, Lc 23.46); não leio que Pedro estava numa multidão quando negou a Jesus, mas assentado aquentando-se (Mt 26.69, Mc 14.54,66,67; Lc 22.55, Jo 18.18,25). Não vejo os soldados quebrando as pernas dos dois malfeitores, por causa do terremoto, mas, a pedido dos judeus, por causa do sábado (Jo 19.31). Também não vejo registros de demônios, em forma de crianças, perseguindo Judas, levando-o ao suicídio (Mt 26.5).
Não me emocionei também porque, como em toda produção romanista, Maria é supervalorizada. Nas Sagradas Escrituras, nossa irmã Maria nunca é chamada de Mãe pelos discípulos. No filme ela não só é chamada assim, como, numa cena, tem Pedro ajoelhado aos seus pés, recusando-se ser tocado por ela, por ter negado a Jesus.
No relato bíblico, não vemos Maria acompanhando Jesus no caminho da cruz, ajudando-o quando ele cai, nem limpando cuidadosamente o sangue do Filho, deixado no chão após os açoites. Na história verdadeira, não é Maria quem retira Cristo da cruz. É José de Arimatéia (Mt 27.57-60; Mc 15.45,46; Lc 50-53, Jo 19.38). Na Bíblia, Maria não é a senhora protetora, é apenas serva (Lc 1.46-49).
Por tudo isso, não chorei e, sinceramente, não me arrependo. Me arrependo sim de, por vezes, ler a história verdadeira a respeito da morte e ressurreição do meu Salvador Jesus e não me comover. Me arrependo de, por vezes, pregar sobre a sua tão grande salvação sem a emoção própria da mensagem (Lc 10.20). Me arrependo de, não poucas vezes, encontrar-me querendo ver quando já sei que felizes não são os que vêem, mas os que não vêem e crêem (Jo 20.29, 1Pe 1.8).
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Amigo, apesar de gostar bastante desse blog, acho que você deu uma pisada. Vou te dar um desconto, o blog é bom, um deslize ou outro a gente releva… hehehe
Vamos aos fatos. Sua crítica à não apresentação da glória de Jesus esquece que ele se esvaziou, se humilhou, virou *homem*, se tornou um de quem as pessoas escondem o rosto. Literalmente, um “coitado”…
Fora vários detalhes que foram apenas liberdade poética, que não vejo problema. Algumas coisas realmente foram erradas, tal como a proeminência de Maria, mas será que não dá pra relevar isso não, pelo conjunto do resto??
Caro Renato,
Em primeiro lugar, obrigado pela deferência. É bom saber que temos crédito 🙂
Sobre o esvaziamento de Jesus, é fato. Não há o que contestar. E quanto ao seu sofrimento vicário, idem.
O ponto do meu post é sobre a velha questão da representação ou não das pessoas da Trindade. É aí que vejo o erro. De longa data condenamos os quadros com rostos de Jesus, feitos pelo catolicismo. Agora a imagem tomou movimento. Aceitaremos? De forma alguma. Cristo não pode ser representado por figura humana pecadora. No passado, até alguns diretores hollywoodianos entendiam isso. Em algumas produções, a figura de Cristo nunca aparecia com o rosto revelado – era sempre de costas, ou nas sombras. Como não se sabia como era o seu rosto, ninguém se atrevia a descrevê-lo. Ora, isso seria um problema grande se fosse uma produção evangélica, porém, o que esperarmos do catolicissimo Mel Gibson, senão um reforço da mais velha idolatria romanista? Obrigado pela visita, e um forte abraço, em Cristo.
Ageu, dá uma olhada no link que eu mandei, lá tem meu email e poderemos conversar melhor. Tem um texto meu no http://www.crerepensar.com.br chamado “perguntas retóricas”.
Quanto às imagens de Jesus, gostaria de contar pra você, como estudante assíduo da História do Cristianismo que sou, que a coisa não é bem assim. Já ouviu falar na controvérsia iconoclasta do século VIII? Apesar de todos os exageros dos católicos bizantinos daquela época e de toda a idolatria, o que estava em jogo, no chamado Segundo Concílio de Nicéia, era se Jesus poderia ser representado em figura ou não – conseqüentemente, se ele era plenamente homem, 100% homem ou não. Negar que ele pudesse ter seu rosto representado, como qualquer homem, seria limitar sua humanidade e incorrer na heresia do monofisismo. A proibição de fazer imagens foi um dos dois mandamentos, entre os dez, que o Novo Testamento não repete, ou seja, fazia parte da aliança antiga de Deus com Israel e tinha a finalidade específica de impedir que aqueles povos fizessem o que seus vizinhos pagãos faziam. Tem o mesmo sentido que proibir o “cozinhar o cabrito no leite da mãe”, entende?
Só pra constar, os muçulmanos não deixam representar a imagem de Maomé, e eu não pretendo me nivelar a eles. Fora que você esqueceu que o outro filme, chamado “Jesus”, baseado em Lucas, foi usado no mundo inteiro por missionários como ferramenta evangelística.
Resumindo, eu concordo com várias de suas críticas ao filme (não todas, mas várias), mas acho que isso não é suficiente para desqualificar a obra toda.
Mas, como eu disse já, parabéns pelo blog, continue o bom trabalho!
Caro Renato,
A controvérsia iconoclasta foi uma “controvérsia” para os católicos apenas. Para os reformados, o assunto já foi resolvido. Veja o que Calvino fala sobre a representação iconoclasta no livro I das Institutas. Abraço, Ageu.
Ageu, por falar nisso, você sabe onde eu encontro versão online das Institutas? Pode ser em qualquer língua, menos alemão…
Philip Schaff, historiador do século XIX, diz que o iconoclasmo bizantino foi bem diferente do iconoclasmo protestante. Tá no volume 4 do “History of the Christian Church” (disponível em http://www.ccel.org).
Aliás, vamos raciocinar em mais um ponto. Deus proibiu os israelitas de fazer imagens dEle porque Deus é invisível, certo? Acontece que, quando Deus se encarnou, Jesus passou a ser a imagem do Deus invisível. O próprio Deus foi o primeiro a “quebrar” o mandamento e “fazer” uma imagem de Si próprio. Você representa, assim, uma imagem do homem Jesus, como se faz de qualquer homem. Aliás, os israelitas eram proibidos de fazer imagem de qualquer criatura. Se você for levar isso às últimas conseqüências, não poderá sequer tirar uma foto, tem que queimar seu álbum de casamento etc… Eu conheci um sujeito que fazia isso mesmo, infelizmente. Já pensou, criar os filhos e não ter uma recordação visível da infância deles?
Eu acho, neste caso, que, se isso te escandaliza, se não provém de fé, você deve agir conforme sua consciência. Cai no que Paulo falou em Romanos 14. Uns comem carne, outros só legumes…
Inté +
Renato
PS: Chegou a ver meu texto que eu mencionei?
Caro Renato,
Institutas na rede:
http://www.ccel.org/ccel/calvin/institutes.html
Continuo recomendando que você leia o que Calvino escreveu no primeiro livro sobre este assunto.
Sobre o seu texto, achei-o muito bom e oportuno para os nosso dias. O mundo evangélico tem que voltar às Escrituras! Forte abraço, Ageu.
Caro Renato,
Institutas na rede:
http://www.ccel.org/ccel/calvin/institutes.html
Continuo recomendando que você leia o que Calvino escreveu no primeiro livro sobre este assunto.
Sobre o seu texto, achei-o muito bom e oportuno para os nosso dias. O mundo evangélico tem que voltar às Escrituras! Forte abraço, Ageu.
Muito obrigado pelo link das Institutas, foi de grande valia!
Você tem a referência exata da parte que me recomendou pra ler?
Abraços,
Renato
Caro irmão Renato,
Veja o Livro I, capítulo 11.
A propósito, qual sua igreja e cidade?
Abraço,
Ageu
Calvino era o cara, hein! Quanto mais eu leio Calvino, mais admiro o sujeito!
Só posso dizer que concordo com 99% do que Calvino disse no capítulo 11 do livro I das Instituas. Aliás, incluo nisso o ponto sobre “dulia” e “latréia”, no qual o II Concílio de Nicéia realmente pisou na jaca…
Acontece que eu jamais defendi que devemos algum tipo de veneração a alguma imagem (afinal, sou protestante…). Um filme, como no caso da “Paixão de Cristo”, por outro lado, tem finalidade didática e não de veneração.
Gostaria de citar Calvino aqui, o trecho está em inglês, copiado das Institutas:
(Abre aspas)
Visible representations are of two classes—viz. historical, which give a representation of events, and pictorial, which merely exhibit bodily shapes and figures. The former are of some use for instruction or admonition. The latter, so far as I can see, are only fitted for amusement. And yet it is certain, that the latter are almost the only kind which have hitherto been exhibited in churches.(Fecha aspas)
O próprio Calvino aqui reconhece o fim didático da arte da escultura e da pintura, em uso na época dele. E, a propósito, o argumento dele contra a “Bíblia dos iletrados” foi fraquíssimo. Citou dois profetas (entre os quais Habacuque) fora de contexto… Claro que o melhor método de instrução é a leitura e a pregação, mas, na falta… Como eu te disse, o outro filme, “Jesus” serviu como método didático para
Deus salvar uma quantidade de vidas que, só na eternidade, nós saberemos quantas…
Para finalizar, reitero que não admitir uma caracterização humana de Cristo em um filme é brincar com a heresia do monofisismo e do docetismo (não estou te chamando de herege, mas dizendo que essa idéia pode alimentar aquelas heresias em quem já tenha propensão a elas).
Mais uma vez, obrigado pelo link das Institutas. Tenho lido muita coisa de Calvino citada por outros, agora vou poder ler direto da fonte…
Abraços,
Renato
Caro Renato, receio que você não tenha entendido o pensamento de Calvino. Transcrevo abaixo um trecho da carta ao Rei da França, epístola que inicia as Institutas. Neste trecho ele deixa bem clara a sua posição sobre representações pictórias de Cristo:
“Não sem razão, frisam eles, somos admoestados por Salomão (Pv 22.28) a que não trespassemos os marcos antigos que nossos pais estabeleceram. Mas, a norma não é a mesma em se tratando de limites de glebas e em questão de obediência da fé. Próprio é seja esta em tais termos estabelecida que “esqueça a seu povo e a casa de seu pai” (Sl 45.10). Se, porém, com tanto ardor se regozijam em άλληγορεϊν – (allēgŏreîn – alegorizar), por que não entendem por Pais aos Apóstolos, antes que a quaisquer outros, os termos prescritos por quem não é lícito remover? Ora, assim interpretou Jerônimo, cujas palavras eles hão inserido em seus cânones. E se querem que fixos sejam os limites destes a quem entendem por Pais, por que eles próprios tão despeadamente os trespassam, quantas vezes lhes apraz?
Do elenco dos Patrísticos eram aqueles dos quais um disse que o nosso Deus não come, nem bebe, e, assim, não tem necessidade de cálices, nem de pratos; outro que os ritos sagrados não requerem ouro, nem com ouro se fazem aceitáveis as cousas que com ouro se não compram. Trespassam, portanto, esse limite, quando em seus cerimoniais tão efusivamente se deleitam com o ouro, a prata, o marfim, o mármore, as pedras preciosas, as sedas, nem pensam seja Deus devidamente adorado, a não ser que tudo deflua em requintado esplendor, ou, melhor, em extravagante pompa.
Patrístico era aquele que sentenciou que, por isso, sem reservas, uso fazia de carne no dia em que os demais se abstinham: que era cristão. Destarte, trespassam eles os limites, quando com terríveis exprobrações execram a alma que haja provado carne durante a Quaresma.
Patrísticos eram esses dos quais um declarou que o monge que não trabalhasse com as próprias mãos fosse julgado igual ao assaltante, ou, se o preferes, ao ladrão, o outro, que não era defeso aos monges viver do alheio, mesmo se fossem assíduos nas contemplações, nas orações, nos estudos. Também este limite hão eles violado, quando encerraram em prostíbulos e bordéis os ociosos e bojudos ventres dos monges, para que se cevassem dos bens alheios.
Patrístico era quem afirmou ser horrenda abominação ver-se pintada em templos de cristãos a imagem, seja de Cristo, seja de qualquer santo. Nem foi isto pronunciado pela voz de um único homem, mas até decretado por um Concílio Eclesiástico: que se não pinte em paredes o que se adora. Muito longe está de que se contenham dentro destes limites, quando não deixam sequer um canto vazio de imagens.
Aconselhou outro Patrístico que, após havermos cumprido o dever de humanidade para com os mortos, em sepultando-os, deixássemo-los descansar. Estes limites de todo rompem eles quando incutem a perpétua solicitude dos mortos.
Do número dos Patrísticos era aquele que testifica assim permanecer e não cessar na Santa Ceia a substancia do pão e do vinho, como em Cristo, o Senhor, subsiste a substancia e natureza de homem unida à divina. Destarte, ultrapassam o limite quantos imaginam que, recitadas as palavras do Senhor, cessa a substancia do pão e do vinho, para que se transubstancie em corpo e sangue.
Patrísticos eram os que, como à Igreja toda uma só Eucaristia exibiam e como, ademais, lhe excluíam os dissolutos e os criminosos, destarte, drasticamente condenavam a todos aqueles que, presentes, dela não participassem. Esses limites para quão longe os hão eles removido, quando não apenas os templos, mas até as casas particulares, enchem com as suas missas, a assistir às quais a todo mundo admitem, por mais vis que sejam e degenerados, e a cada um com tanto maior prazer quanto maior é a espórtula? À fé em Cristo e à genuína comunhão dos sacramentos a ninguém convidam, antes, mercadejam sua própria obra como a graça e o mérito de Cristo!
Patrísticos eram os dois dos quais um decretou que fossem de todo excluídos de participação da Santa Ceia de Cristo quantos, satisfeitos com tomarem um dos elementos, do outro se abstinham; o outro acirradamente contende que se não deve negar ao povo cristão o sangue do seu Senhor, em confessar a quem seu próprio sangue se lhe ordena derramar. Também estes limites hão eles subvertido, quando, mercê de lei inviolável, determinaram exatamente o mesmo que aquele punia com excomunhão e este com válida razão condenava.
Patrístico era o que, se tratando de matéria obscura, asseverou ser temeridade decidir por uma ou outra das partes sem testemunhos claros e evidentes da Escritura. Deste limite eles se hão esquecido, quando, à parte de qualquer palavra de Deus, promulgam tantas constituições, tantos cânones, tantas determinações magisteriais.
Patrístico era aquele que, entre outras heresias, reprovou a Montano o haver sido o primeiro a impor leis acerca de jejuns. Também a este limite em muito o excederam quando, mediante leis extremamente estritas, sancionaram os jejuns.
Patrístico era aquele que sustentou que se não deve proibir o matrimônio aos ministros da Igreja e declarou ser castidade a coabitação com a própria esposa. E Patrísticos eram aqueles que lhe assentiram à opinião. Destes limites se distanciaram eles quando, com extremo rigor, a seus sacerdotes impuseram o celibato.
Patrístico era aquele que sentenciou que a um só se deve ouvir, Cristo de quem foi dito: “A ele ouvi” (Mt 17.5), nem se deve atentar para o que, antes de nós, outros ou hajam dito, ou hajam feito, mas para o que haja preceituado Cristo, que é de todo o primeiro. Este limite eles próprios nem a si mesmos se prescrevem, nem permitem havê-lo por prescrito a outros, quando, antes, a quem quer que sejam, que não Cristo, por mestres constituem, tanto para si próprios como para os demais.
Patrístico era aquele que contende que a Igreja se não deve antepor a Cristo, por isso que ele sempre julga segundo a verdade dos fatos, mas os juízes eclesiásticos, como os demais homens, equivocam-se o mais das vezes. Rompido de todo também este limite, não hesitam em afirmar que do arbítrio da Igreja depende a autoridade toda da Escritura.
Os Patrísticos todos, em unânime sentir, hão abominado e, a uma voz, apostrofado o contaminar-se a santa Palavra de Deus com as sutilezas dos Sofistas e o enredilhar-se nas disputas dos Dialéticos. Contêm-se eles, porventura, dentro destes limites, quando, em toda a vida, não engendram outra cousa, senão toldar e empecer a simplicidade da escritura com infindas discussões e querelas mais do que sofísticas, de tal sorte que, se agora os Patrísticos voltassem à vida, e ouvissem esse gênero de debater a que esses chama de Teologia Especulativa, nada haveriam menos de crer que tratar-se de troca de opiniões acerca de Deus?
Na verdade esta nossa oração ter-se-ia de derramar a mais do que seus justos limites, se eu quisesse passar em revista quão petulantemente de sobre si sacodem estes o jugo dos Patrísticos, de quem desejam parecer obedientes filhos. Meses, realmente, anos até, me não seriam suficientes.
E, não obstante, de tão desabusada e deplorável impudência são eles que nos ousam invectivar de que não hesitamos em transgredir os lindes artigos!”
Manda um email pra mim, pra gente poder conversar melhor sobre isso… Valeu! renfontes@hotmail.com
Continuo esperando seu email…