O Aborto Litúrgico – Hendrika Lopes Vasconcelos
Publicado em: 8 de fevereiro de 2019 Por: Rev. Ageu Magalhães
Na Islândia, praticamente não existem crianças com Síndrome de Down. Não é porque conseguiram reverter os efeitos da mutação genética, mas simplesmente porque mataram os bebês que a possuíam.
Existem várias igrejas que conseguiram erradicar o barulho das crianças do culto. E geralmente, não é porque conseguiram “domar” ou educar os pequenos desde o berço, mas simplesmente porque preferiram eliminar as crianças do culto, isolando-as em salas especiais ou afugentando as mães da igreja.
Mas…
Lugar de bebê pequeno choroso é no culto, SIM.
Lugar de criança hiperativa é no culto, SIM.
Lugar de criança birrenta é no culto, SIM.
Lugar de criança tagarela é no culto, SIM.
Lugar de criança desobediente é no culto, SIM.
Sabe por que?
Porque elas precisam da Igreja. Elas precisam da comunhão. Elas precisam da palavra. Elas precisam da graça e do amor dos outros membros.
A única diferença entre o adulto que desaprova de criança no culto e a criança birrenta ao seu lado é que o adulto já aprendeu a esconder os pecados, enquanto a criança as escancara sem medo.
O culto não é um serviço pelo qual pagamos com nossos dízimos e esperamos receber o produto impecável com o direito de não sermos atrapalhados pelos outros. O culto não se resume apenas à pregação da Palavra. Caso fosse isso, você poderia bem “cultuar” em casa sozinho assistindo pela internet. Mas Deus usa a Igreja e as situações desconfortáveis para trabalhar no nosso coração também.
A adoração em comunhão nos ensina a adorar e cultuar como CORPO e não como indivíduos. Isso significa que adoramos a Deus como CORPO, cantando desafinados e afinados juntos. Isso significa que adoramos a Deus como CORPO, lendo a Palavra e ensinando os pequenos a amarem a ler também. Isso significa que oramos a Deus como CORPO, sabendo que o Espírito intervém nas orações tanto dos mais cultos e dos mais humildes.
Somos CORPO e as crianças fazem parte dessa aliança também. Você não tem mais direito de estar no culto do que elas. Se você ama a Cristo, você ama seu Corpo. E você tem o dever de incentivar as crianças a amarem estar lá.
Amemos as crianças, seus papais e suas mamães no culto. Não façamos aborto litúrgico.
Links Patrocinados:
Artigos Relacionados:
Newsletter
Parabéns! É o que ensino há muitos anos como pastor!
Texto genial, li no face.
Pastor, meu bebê tem 7 meses, é hiperativo, ora chora, ora grita, ora balbucia sons incompreensíveis(não é pentecostal e nem eu rsrs), mas eu fico com ele no culto do começo ao fim. Ele dorme nos meus braços, acorda, saio para fora, presto atenção na pregação e ele vai crescer participando de tudo. Não vai ficar em salinha nenhuma. O bom também é que ele não desgruda de mim e nem da mãe dele. Dessa forma vai crescer do nosso lado em todas as reuniões da igreja.
Ótimo texto ,Simone Quaresma também tem palestras sobre isso no YouTube, maravilha!!!!
Queria muito encontrar em minha cidade uma igreja com esse mesmo pensamento! Infelizmente, todas que conheço (inclusive Presbiteriana) a salinha é até 10 anos. Então, ela segue comigo no culto, mesmo não sendo a prática da igreja.